quarta-feira, 4 de março de 2009

Produzir é bom!

Há coisas que não cabem na cabeça de ninguém, no entanto estão sempre lá dentro. Vamos colocar as coisas de forma simples e facilmente "entendivel", a produção indústrial é a base de qualquer economia.
Não importa se é a produção de microchips, de pneus ou de meias. Importa sim é que todas as actividades relacionadas com a produção sejam bem tratadas e que sejam criadas as condições para que se desenvolmam e prosperem. Se olharmos o exemplo alemão poderemos facilmente constatar que a economia é gerada através de uma bomba produtiva que impulsiona todo o "ecossistema" e que , em momentos de crise, o consegue manter melhor do que qualquer outra economia. Entenda-se que não é um sistema perfeito, mas este já é outro tema.
Fazendo a analogia ao mundo português, encontramos um marasmo de negativismo e de falta de ideias que nos colocam numa posição muito complicada em termos de sobrevivência a nivel internacional. Como se fala por aí e com toda a razão, já há muito tempo que não é possível analisar Portugal como uma parcela independente, pelo simples facto de estarmos a caír nos erros do passado. Se tiverem a oportunidade de ler o Jornal Textil de Fevereiro, vejam uma notícia relacionada com o meeting entre a ANIVEC/APIV e as empresas, parece que o Estado está a asfixiar a sua própria indústria, "corre o risco de aumentar o número de fábricas encerradas...". Estes são os tais erros do passado. Parece que não vivemos no mesmo mundo e que as ideias base, aquelas que criam normalmente consensos, apenas existem no ar como castelos de imaginação.
Para além de todas os pedidos que as associações fazem, parece-me que há algumas que não têm de ser pedidas, mas deverão vir do governo, como política de choque para melhorar a economia: liberar os impostos, flexibilizar o funcionamento das empresas de forma real. Criar condições que verdadeiramente façam a diferença.
Aqui ficam algumas sugestões:
- as empresas ficarem 2 anos sem pagar impostos, ficando obrigadas a manter os postos de trabalho e contratem um número mínimo de trabalhadores.
- criar condições fiscais atractivas para que mais empresas como a IKEA venham para Portugal e fiquem cá por um longo período de tempo. Não chegam dois ou 3 exemplos- Temos de criar condições para que possamos ser o centro produtivo Europeu.
- deverão ser criadas taxas alfandegárias para produtos produzidos em países fora da UE por forma a se tornar o comércio internacional mais justo. Isto não é nenhuma medida nacionalista, mas apenas uma forma de balançar a justiça nas trocas mundiais.

Aguardo comentários, como de costume.

1 comentário:

Rud my Owski! disse...
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