Amar dentro do peito uma donzela,
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe conseguindo alta ventura,
Depois da meia noite da janela:
Fazê-la vir cá abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:
Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jocundo,
Apalpar-lhe de neve os dois pimpolhos:
Vê-la rendida enfim a amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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