segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Desmemória Cotidiana

"Escrevo agora para que leia ao acordar. Para que, ao abrir os olhos, sinta exatamente o que sinto ao escrever. Escrevo agora para que saiba ao respirar, a cada passo que der, a cada falta de ar, que não há nada no mundo que me faça sentir menos; apenas mais. Escrevo agora porque sei que a hora de escrever é a hora qualquer, é a hora que meu desejo crescer, que a vontade vier. Escrevo agora para dizer que não sei mais escolher palavras, escolher gestos. As lágrimas de felicidade são mais do que lágrimas: são manifesto de algo que para a maioria dos mortais assemelha-se ao inconcebível, aproxima-se do improvável, do incrível. E já não sei dizer, não sei descrever. Sentir, que é a forma mais maravilhosa de ser, já ocupa todo o tempo que tenho. A saudade, presente em cada momento, seja, talvez, esse tal presente de Deus. As suas mãos nas minhas, minha respiração com a sua, teus olhos nos meus."
caiusmarcellus.blogspot.com

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